segunda-feira, janeiro 23, 2012

Esclarecimento de C. Oliveira "sem medo" ...

Esclarecimentos do Presidente da Leixões SAD



No final do jogo de hoje, entre o nosso Clube e a Naval, o presidente da Leixões Sport Club - Futebol SAD, Carlos Oliveira, esteve na sala de imprensa para prestar declarações sobre assuntos vários que, a seguir, se resumem:



"Vim aqui porque entendi que era minha obrigação dizer algumas coisas. Uma delas é que a Administração não está preocupada com o rendimento da Equipa de futebol, nem com o facto de há dois jogos não fazer golos. Já tivemos ocasiões esta época em que as coisas não correram muito bem e depois rapidamente demos um grande salto.



"O grupo de trabalho que este ano está no Leixões, tanto equipa técnica como jogadores, é excepcional. Tem demonstrando uma capacidade e uma qualidade muito para além das expectativas que estavam criadas por muita gente. Nós só temos que estar orgulhosos por este esforço, por toda a dedicação e pela união que existe neste grupo de trabalho. Eles têm trabalhado excepcionalmente em condições extraordinariamente difíceis, porque, como todos sabem, temos salários em atraso. O grupo de trabalho hoje teve um dia que correu menos bem, mas é um grupo que, repito, está acima das expectativas. Têm sido todos uns heróis. É preciso é que não existam pessoas que tentem meter areia na engrenagem. Não há nenhuma razão para deixarmos de acreditar neste grupo de trabalho.



"Temos em cima da mesa alguns dossiers ao nível de patrocínios que se têm atrasado, mas que se vão resolver ainda esta época. Infelizmente, há outros problemas, um dos quais, como vocês sabem, é o facto de não nos deixarem fazer o saneamento do Clube através da operação que passava por pormos à disposição da Câmara o nosso património.



"Sobre esta matéria, gostava de dizer que a venda do Estádio do Mar à Câmara Municipal de Matosinhos era uma operação muito favorável tanto para a Câmara como para o Leixões, e, ao contrário do que muita gente diz, não era nenhuma negociata. O Estádio do Mar foi avaliado em seis milhões de euros e a Câmara decidiu pagar cinco milhões, porque negociou com o Leixões o facto de já ter investido em obras neste recinto. Se fosse uma negociata, era para se pagar seis milhões e não cinco. Era um negócio que custava 35 mil euros por mês a uma Câmara que tem um orçamento de 177 milhões de euros e que ficava com património.



"Uma instituição que é séria dá os seus bens para pagar as suas dívidas e é isso que o Leixões quer fazer para poder crescer. Portanto, estamos a passar por momentos muito difíceis e pedimos a compreensão dos sócios para tudo isto. O que pedimos é que as pessoas ajudem, os sócios, os patrocinadores, a cidade. Continuando o Leixões de pé, continua a existir lugar para mais de mil jovens poderem praticar desporto. Se esta referência for perdida, esses jovens não têm para onde ir. Se têm de se indignar, que o façam com quem não nos deixa resolver os problemas.

"Esta Administração está aqui há sete anos e nunca recebeu um cêntimo de retribuição. Já quisemos sair, mas ninguém se mostra disponível para vir para cá. Esta Administração tem feito de tudo. Já poderíamos ter fechado há muito tempo, mas continuamos a lutar e a não baixar os braços. Não é com atitudes encomendadas que vamos resolver os problemas.



"Tomara aos accionistas que aparecesse alguém com uma solução para ficar à frente da SAD. Só quando nos encostarem à parede é que não teremos mais soluções. Até lá continuaremos a batalhar todos os dias. Porque ainda acreditamos que seja possível a venda do estádio e porque continuamos à procura de outros cenários."

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