Vieirinha esteve no melhor e no pior no último jogo (2-2) do Leixões, frente ao Vitória de Guimarães, clube onde começou a dar os primeiros pontapés na bola. Marcou um golo calibre extra, mas acabou expulso, após ter visto o segundo cartão amarelo, num lance em que jogou a bola com a mão. Um momento que acabou por não beliscar a empatia que começa a ter com os adeptos leixonenses, que até já criaram uma música especialmente dedicada ao extremo cedido pelo F.C. Porto.
"Chamam-me Espanhol e toda a gente já percebeu que me tratam assim por ser natural de Guimarães. É um carinho que me fazem", diz, satisfeito, o dianteiro que durante a semana irá estar ao serviço da selecção sub-21 para os encontros frente à República da Irlanda e Montenegro. Após dois golos na Taça da Liga, diante do Varzim, Vieirinha estreou-se a marcar no campeonato, mas a expulsão retirou algum sabor à exibição do número 17 da equipa de Matosinhos "Fiquei frustrado por isso e pelo empate, pois fomos a melhor equipa e merecíamos os três pontos". "Além disso, vou ter de ficar de fora na próxima partida, com o Boavista, e qualquer jogador fica triste por não estar em condições de ajudar a equipa, por castigo", acrescenta o jovem promissor, que, no Estádio Prof. Dr. Vieira de Carvalho, na Maia, foi observado por dirigentes do F. C. Porto, incluindo o presidente Pinto da Costa.
"Quero é agradar aos adeptos do Leixões. Primeiro está a equipa onde me encontro e só mais tarde quero pensar no regresso ao F. C. Porto", fez notar. A emotividade com que festejou o golo, quase em cima do intervalo, deixou a família vitoriana surpreendida. "No momento, não pensei qual a equipa que estava a defrontar. Gosto muito do Vitória e tenho um carinho muito especial pelo clube, mas represento o Leixões e quis festejar o golo junto dos nossos sócios", explicou, garantindo "Voltaria a festejar da mesma forma".
Entrevista concedida ao JN no dia 02/09/2007